segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma Virada Cultural Emocionante


VIRADA CULTURAL



Em Abril teve mais uma Virada Cultural, eu como já faz três anos que não perco principalmente por conta dos Balés, Balé da Cidade, Cisne Negro, Stagium e a São Paulo Cia de dança.
Neste ano 2011, a São Paulo Cia de Dança, dançou acompanhada pela Orquestra Sinfônica São Paulo, dançaram uma obra de TCHAIKOVSKY (um dos maiores compositores Russo de música clássica) e o coreografo BALANCHINE (George Balanchine coreografo Russo revolucionário e famoso). Foi uma apresentação muito emocionante, a ponto de uma moça que nunca tinha visto uma apresentação de Balé, ficar maravilhada, a ponto de uma de suas bailarinas quase vir às lágrimas diante dos aplausos da multidão, essa bailarina eu conheço, ela é do bairro J. São Nicolau, Zona Leste, dedicada e talentosa.
Bailarinos do Corpo de Baile e Solistas com uma técnica impecável, junto com a orquestra foi sim;
Simplesmente um Sonho, lindo demais!






                                                                                                     ENSINA-ME A VIVER


                                                                                                                                                                                                                                                                             Passando algumas semanas, fui assistir a uma peça de teatro no Céu Jambeiro, também lá na Zona Leste. Essa peça foi baseada em filme que eu há muito tempo atrás assisti no Corujão do Globo, eram filmes que passavam na madrugada, o filme era “ENSINA-ME A
 VIVER”.
O filme de 1971 conta a história de um rapaz solitário de 20 anos obcecado pela morte, que se apaixona por uma senhora de 79 anos obcecada pela vida. Um filme que mistura o humor e a emoção em um romance não muito tradicional.
Os dois protagonistas do filme o rapaz Harold interpretado por Bud Cort e Maud interpretado por Ruth Gordan. Na época esse beijo foi censurado.
Uma das adaptações do filme para o teatro estreou em 24 de Outubro de 2007, protagonizada por Gloria Menezes como a Maud, ela com seus 73 anos bem vividos na TV, Teatro e Cinema, e um jovem talentoso ator o Arlindo Lopes.
Ensina-me a Viver é uma comédia dramática de Colin Higgins.
Dá para perceber que essa peça com a Glória Menezes já está em temporada há algum tempo desde sua estreia. Graças a Prefeitura e o Céus, tivemos a oportunidade de assistir, apesar da fila, um das peças de sucesso da atualidade.
Atores e atrizes maravilhosos, a sintonia da Glória e o Arlindo, os cenários, a trouça deles, numa dinâmica muito eficiente, foi realmente tudo muito bem pensado para não ser uma cópia e sim algo que transmitisse, e foi algo que transmitiu á emoção para um público que muitas vezes não tem acesso ao teatro, eu mesma gosto, mas não frequento muito, e por quê?
Pelo os preços, à distância, enfim. Achei de uma generosidade impar, a Glória agradeceu ao público, emocionada; uma das atrizes também quase chorou, foi Lindo!

São atitudes como essa que faz o povo um pouco mais feliz afinal agente não quer só comida, quer diversão e balé, e o Artista tem que ir onde o Público está já dizia os Titãs e o Milton Nascimento.                                                                                                                                            
                                  
Pelo fato de, na fila, para assistir á peça tinha um menino que perguntou ao pai, quem era a Glória Menezes? Eu vou fazer apenas um resumo, como uma sutil homenagem.
Glória Menezes, nasceu em 19 de Outubro, em Pelotas, Rio Grande do Sul com o nome de batismo de Nilcedes Soares Magalhães Sobrinho.

 Ofício ATRIZ.

Casada com o ator TARSICIO MEIRA, com quem vive a mais de 40 anos e foram os protagonistas da novela de sucesso “Irmãos Coragem”, em 1970.
Na televisão fez 36 personagens entre novelas e minisséries.
No cinema fez oito personagens, como o premiado “PAGADOR DE PROMESSAS”, filme que interpretou o papel de Rosa em 1962. Esse filme recebeu o prêmio Palma de Ouro no festival de Cannes.
Seu primeiro prêmio como atriz foi em 1962, pelo papel em “As Feiticeiras de Salem”.
Foi premiada quatro vezes com o “Troféu Empresa”.

Novelas marcantes e de sucesso, A Rosa Rebelde, Irmão Coragem e as mais recentes “Senhora do Destino” aonde interpretou a Condessa de Bonsucesso, a última foi “Favorita” como Irene Fontini.
No cinema foram cinco filmes e no teatro sete peças, entre elas “Navalha na Carne” de Plinio Marcos e essa última ‘ENSINA-ME A VIVER’.

Nada mais Lindo que a emoção do Artista e seu Público, são a Glória!
Sorrimos com Glória,
Rimos com Glória,
E foi a Glória,
OBRIGADA GLÓRIA!








                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               www.globo.com.br

Eu sofri BULLYING

EU SOFRI BULLYING! 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 
Pois é, eu que nasci nos anos 60 nunca imaginaria que todas aquelas gozações  dos meus
 tempos de escola seriam chamados hoje em dia de Bullying, mas com uma grande diferente, a Violência. E quem foi que disse que isso não afeta o psicológico de uma criança, afeta sim, eu por exemplo, detestava ir para escola, era o pior lugar do mundo para mim, por algum tempo me tornei uma pessoa tímida e retraída. A criança tem que ter uma boa educação e dedicação dos pais para que não afete tanto.

O chamado Bullying ocorreu assim na minha vida; minha mãe me matriculou em uma escola particular de freiras por achar que era de melhor qualidade que a do Estado, o outro motivo era por ela ter se formado em enfermagem em uma escola de freiras.

Estudei nessa escola dos meus 8 anos até os 13. Ali fui humilhada com apelidos de macaca, magrela, estava sempre sozinha , sem amigos.

 Uma escola tão conceituada e de classe média, não participava dos problemas que ocorria com os alunos e essa escola existe até hoje em São Paulo.
O principal motivo de tudo isso é por ser pobre parece que está na cara, eu me sentia a plebeia no meio dos nobres e ricos.
O Bullying é uma forma cruel de preconceito, pelo fato de achar que outro é diferente, tipo aquele filme “Karen a estranha”.
 Talvez eu fosse diferente, eu ia mal arrumada para escola, minha mãe trabalhava e não estava em casa, nos tínhamos uma vamos dizer funcionária que ajudava, eu saía de casa com uma mala enorme maior que eu, pois eu era muito magrinha, às vezes saía amassada, descabelada, sem material escolar dos modernos, carregando aquela malona para pegar o ônibus particular da escola ,  mais para frente o ônibus comum, pois minha mãe uma mulher simples e trabalhadora, que pagava o ônibus e também a escola , como as outras mães, nessa hora todos são iguais.


Um dia um menino no pátio na hora do recreio parou perto de mim e do nada começou a me xingar, me chamar de macaca, sem motivo ou razão, fiquei parada ali, olhando para ele sem reação.



 Eu consegui arrumar uma amiga , a Rosely, uma menina negra muito bonita, como ela sofria preconceito também, afinal eu sou descendente de negros e também de nordestinos, meu pai era baiano e eu tenho sangue de negros, sou morena tenho cabelos cacheados e gosto deles.

 Eu e a Rosely éramos desprezadas, mas pelo menos na hora de montar uma dupla tínhamos uma à outra.
Uma vez fomos acusadas de colocar tachinhas na cadeira de uma menina gordinha, mas não tinha sido nós.
 Eu também fui acusada de roubo, minha mãe foi lá como uma leoa que defende seus filhotes, e disse, a minha filha nunca roubou. Que nada, eu tirei uns trocados dela para comprar lanche caro na cantina e pagar chocolate para meus “amigos”, que me beijavam e abraçavam e eu me sentindo amada, pensando agora eu faço parte da turma, mas então a minha mãe descobriu e me deu uma surra, e assim acabou os meus momentos de amizade.

Tinha um menino chamado Antônio Carlos Puttinelli, que vivia me xingando, me jogava papel na  cabeça, um dia em meio aos apelidos que ele me dava e papéis na cabeça, eu reagi e chamei ele de elefante, a classe veio abaixo, adorou, ficaram aguardando as trocas de xingos, mas ele ficou sem graça com a minha reação.



Os professores também não colaboravam, lembro-me que uma vez eu ia dar um doce para uma professora na entrada da sala e ela não aceitou, eu chorei tanto, enxuguei as minhas lágrimas sozinha. Tinha o professor de desenho que vivia mal humorado, tirava “sarro” de todo por qualquer motivo.
Mas, poxa, tinha a professora Izildinha, que parecia aquela professora do livrinho do Ziraldo, gentil e amável, ela era a única que me fazia sorrir naquele lugar.

Uma vez já na adolescência, eu fui a uma festinha de fim de ano na escola, nessa época agente fica bonita com aquele frescor de juventude, eu e meu vestidinho florido e curto, em plena primavera, os meninos me olhavam, mas não se aproximavam, menos a minha primeira paixão, que um dia me jogou aquela geleia vermelha e amarela em minha direção quase acertando a meu rosto, pena que naquele dia ele não me viu de vestidinho curto e florido.
E foi assim que vivi essa experiência, me afetou sim , afeta todo mundo que passa por isso, só que eu VENCI, fui trabalhar, estudei, fiz balé, continuo sofrendo preconceito de várias formas, pois eu continuo pobre, já dancei com 48 anos, e danço com 50 , dou aulas de Balé, moro na zona leste e gosto de arte, continuo morena de cabelo enrolado, filha de baiano, oque mais?

O preconceito no Brasil ele é para lá de velado, ele é de raça, social, regional, etc. e etc. É tema para outro texto.


O Bullying e a violência.


Hoje em dia a violência acompanha o Bullying, pois o incentivo á ele é grande, são as Gangs que prega apologia a Hitler, os filmes, os games.
 Uma vez eu fui buscar uma aluna minha que fazia balé, pois a mãe dela não podia levar para a academia, ela trabalhava, e então eu esperando a menina na sala, vi o irmão dela de uns 8 anos jogando vídeo game; no jogo o personagem era um fugitivo da cadeia que tinha que escapar da polícia, o menino era esse personagem, ele tinha que fazer o possível para que o fugitivo não fosse pego pela polícia, imagine isso, me chamou atenção.
Eu trabalho em uma escola particular, e nós professores fomos avisados e recomendados sobre o Bullying. Eu na minha sala não admito divisão ou qualquer tipo de preconceito.
É responsabilidade dos pais, principalmente deles, verificar o porque o filho fica tanto tempo na internet, porque ele não tem amigos, porque ele não se comunica, conversar, isso é amor.

O professor também ,mesmo que ganhe pouco, a nossa função é mais que educar, é também
observar, aquele aluno isolado, porque será, está isolado porque, porque não tem amigos,
porque?

Porque depois que acontece a tragédia;
Só dá para chorar pelos mortos.
Cuidado, Atenção, Interesse é Amor!


PASSADO, PRESENTE E FUTURO.

Passado é oque já terminou,
É a ação que terminou,
ONTEM vi como, chorei...
O FUTURO é oque vai ser,
É oque vai acontecer,
AMANHÃO verei, farei...

O PASSADO está lá atrás,
O FUTURO está na frente
É, entre os dois, ao nosso alcance,
Está o AGORA, o PRESENTE!

O PASSADO já acabou,
Não pode mais se mudar,
O FUTURO ainda não veio,
Ainda está por chegar!

Aproveitar no PRESENTE
O que o PASSADO ensinou
É preparar o FUTURO
Do jeito que se sonhou!

Talvez ANTES, no PASSADO,
Sem querer, eu tenha errado,
HOJE, porém, muito eu sei!
E no PRESENTE, é certeza,
Trabalhando com firmeza,
No FUTURO vencerei!

Ah! Que pena essa poesia não é minha, é de Maria Alice Penna de Azevedo.
Eu recebi esse poema junto com um texto alertando dos perigos do Bullying
pela coordenação da escola que eu trabalho dando aulas de dança,  a escola.
Sena de Miranda.



EDUCAR É PREVENIR OS PROBLEMAS DO FUTURO!